Conheça tudo sobre a Origem da Blockchain e seus Conceitos

masterdicas 13/06/2022

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Qual a origem da Blockchain, como e por que ela surgiu? Perguntas que sempre rodeiam o pensamento das pessoas quando escutam falar sobre o sistema, além de claro, ter a certeza de que é uma rede segura.

No início do ano de 2009 que surgiu a criptomoeda Bitcoin foi criada, protagonizando uma revolução no meio digital, e o principal motivo foi o uso de um sistema de registros, a rede Blockchain.

A Blockchain é um banco de dados e o que a torna importante é seu diferencial está em não ser um banco de dados como já conhecido, e sim um livro de registros inviolável e eficiente.

Essa é uma tecnologia interessante e que poderá revolucionar o futuro, pois poderá ser utilizada em sistemas financeiros, comerciais e até governamentais e eleitorais.

Mas o que é essa tecnologia? Quais seus conceitos, usabilidade, vantagens e desvantagens? Caso tenha dúvidas como essa, continue a leitura do artigo e saiba dos principais assuntos envolvendo a rede Blockchain.

01. Afinal, o que é Blockchain?
02. Qual a origem da Blockchain?
03. Conhecendo os conceitos (DES) da Blockchain
04. Como é garantido a segurança das transações eletrônicas na Blockchain?
05. Qual foi a motivação para criar a Blockchain?
06. Quais os tipos de criptografia?
07. Como funciona a Blockchain nos registros de transação?
08. Quais são as principais vantagens da Blockchain?
09. Quais as desvantagens da Blockchain?
10. Para quais finalidades é essencial o uso da Blockchain?
11. Como a rede Blockchain é sustentada?
12. Como a Blockchain vai impactar no futuro do mundo?
13. Conclusão

Afinal, o que é Blockchain?

A Blockchain nada mais é do que um livro-razão compartilhado e distribuído de maneira a facilitar o registro de transações e o rastreamento de ativos presentes em uma rede comercial.

Desse modo, um bem poderá ser tangível, ou seja, casa, carro, dinheiro e terra. Como poderá ser intangível, sendo eles a propriedade intelectual: patentes, direitos autorais ou branding. Portanto, qualquer item de valor poderá ser negociado e rastreado através de uma rede de blocos, que reduz riscos e custos para aqueles que estiverem envolvidos.

Em tradução livre a palavra Blockchain significa “cadeia de blocos”. Essa é uma tecnologia para a nova geração de aplicações transacionais de confiança, prestação de contas e transparência, ao mesmo tempo que torna simples e de maneira eficiente os processos de negociação.

A Blockchain é um banco de dados distribuídos, que é praticamente invulnerável a falhas e adulterações, e suas múltiplas utilidades saem da tecnologia do Bitcoin, para a qual foi criada originalmente.

Antes de se ter o desenvolvimento de uma rede Blockchain, os registros contábeis eram realizados por meio de bancos e dados centralizados. As pessoas tinham que confiar neles para se ter a certeza de que não teria alterações nos registros.

Com a Blockchain esses dados são compartilhados com todos que estiverem participando, de forma transparente e descentralizada. Com isso, é desnecessário a confiança em terceiros.

Qual a origem da Blockchain?

A Blockchain teve origem por volta do ano de 1494, em que a ideia inicial era ser um livro-razão. Seu desenvolvimento foi feito pelo padre Luca Pacioli, e na sua época, funcionava apenas de forma que promovesse o balanço de ativos tangíveis e intangíveis. Além disso, as operações de crédito, débito e a composição do balanço final eram disponibilizadas de forma ordenada e detalhada.

Posterior a isso, no período de 1991 a 2008, Stuart Haber e W. Scott Stornetta desenvolveram os blocos criptografados para maior proteção de dados, bem como a data e a hora do registro dos documentos, que não podem ser alterados.

Já no ano de 2009, Satoshi Nakamoto aplica a tecnologia da Blockchain para criptomoedas e outros usos. Seguindo a linha do tempo, de 2010 a 2013 foi realizada a primeira transação de Bitcoin fazendo o uso dessa tecnologia, além da criação de aplicativos financeiros.

Em 2015 tem os primeiros testes para o uso da Blockchain de fora influência da moeda digital. Por meio da Nasdaq, testes baseados no uso da Blockchain são lançados.

Dois anos depois, em 2017 e até 2018, há uma segunda leva de desenvolvimentos, que é marcado pelo avanço da Blockchain para uso pleno em negócios. Finalizando, em 2019, a Salesforce surge com a primeira plataforma de Blockchain Low-Code para CRM.

Conhecendo o conceito DES da Blockchain

A internet surgiu e com ela uma preocupação, um dos pontos mais carentes foi a questão relacionada à segurança. Tal problema acabou se agravando, pois as transações surgiam de redes mundiais de computadores, que aos poucos se tornou uma ferramenta fundamental no momento de comprar e realizar transações.

Como uma tentativa de diminuir essa questão, no ano de 1971 Horst Feisel criou um algoritmo de criptografia, o qual chamou de Lucifer, e era baseado em um alto nível de segurança, além de uma chave para codificar e descodificar.

No entanto, em 1974, cientistas da IBM realizou umas melhorias na ferramenta, surgindo a Data Encryption Standar (DES). O objetivo era de justamente melhorar a Lucifer de modo que promovesse maior índice de segurança.

Foi em 1981 que o DES passou a ser adotado como Data Encryption Algorithm (DEA) pela American Standard Institution. O objetivo era que houvesse uma padronização da cifragem e dos procedimentos, de modo que fossem utilizados em instituições financeiras. Com isso, o DES tornou-se o principal algoritmo de chave única.

O DES é um sistema de codificação simétrico por meio de blocos de 64 bits, em que 8 bits servem como teste para verificação da integridade da chave.

Cada bit de paridade serve para testar um dos bytes da chave por meio de paridade ímpar. Dessa forma, cada bit de paridade será ajustado conforme um número ímpar de “1” no byte que pertence.

Sendo assim, a chave irá possuir um comprimento de 56 bits, o que indica que apenas esses 56 serão realmente utilizados no algoritmo.

Como é garantido a segurança das transações eletrônicas na Blockchain?

Primeiramente, é preciso entender que essa é uma rede 100% descentralizada, ou seja, ela não possui um servidor central para fazer armazenamento dos dados, mas de vários servidores conectados entre si, e ao redor do mundo. Desse modo, há uma proteção mais avançada para tudo o que está dentro da Blockchain, o que evita invasões aos dados.

No entanto, realizar investimentos por meio da rede Blockchain é seguro, visto que os dados não poderão ser alterados por conta desse processamento, organização e armazenamento descentralizado. Com isso poderá ser evitado o roubo das informações que ali estão contidas.

Para que se tenha uma maior garantia de que essas transações serão realizadas pelas partes acordadas, a Blockchain tem os contratos inteligentes, que garantem a validação jurídica e concedem mais segurança ao processo de tokenização.

Qual a motivação para criar a Blockchain?

Conforme os anos foram passando e a tecnologia se aprimorando, além das mudanças nos meios sociais e culturais, a internet teve diversas transformações e tecnologias que agregaram ao princípio da comunicação de dados universais, além de transformar o modo como são feitos os relacionamentos financeiros, contratuais e econômicos.

Além disso, o que veio evoluindo junto, foram os aplicativos, e com eles surgiram o Uber, Airbnb, Netflix, WhatsApp, Amazon, Spotify e muitos outros que estão revolucionando as formas de prestar serviço, bem como as relações humanas.

Porém, há dois pontos que dificultam sua aceitação por completo, além da confiança. Esses dois pontos são a necessidade de se ter um intermediário para a realização de transações, e a segurança. Por mais que se tenha todo o avanço tecnológico, ainda existe um vácuo a ser tratado, que seria promover segurança e integridade das transações e pagamentos por meio da internet.

Com o emprego das novas tecnologias e o seu grande volume de transações, que ocorrem a cada segundo, em tempo real e sem fronteiras, é exigido uma ferramenta que entregue uma rapidez, segurança, interoperabilidade, auditoria, individualidade e flexibilidade.

E esse é o motivo pelo qual há o surgimento da rede Blockchain, objetivando o atendimento de todas essas demandas.

Quais os tipos de criptografia?

Quando se fala em criptografia, na Blockchain existem duas modalidades, sendo que as chaves são baseadas em um conjunto de algoritmos que fazem a codificação da mensagem, com isso, as mensagens criptografadas só podem ser descriptografadas pode meio do uso de um código.

No entanto as duas possibilidades de criptografia são:

1. Criptografia de chave simétrica

Conhecida também por criptografia de chave única, ela consiste em uma mesma chave para criptografar os dados, além disso, ela faz uso dessa mesma chave para poder descriptografá-lo.

Esse é um procedimento mais simples, pois possui somente uma chave para a transação e ela poderá ser compartilhada entre o emissor e receptor. Dessa forma, há maior rapidez e simplicidade, porém, uma menor segurança.

2. Criptografia de chave assimétrica

Essa também poderá ser conhecida como criptografia de chave pública, pois para essa transação é feito a utilização de duas chaves distintas, ou seja, será feito o uso de uma chave pública, que poderá ser divulgada e uma privada, que será mantida em sigilo pelo dono.

Nesse caso, a chave pública será utilizada para codificar, enquanto a chave privada poderá ser utilizada para descodificar.

Por ter um mecanismo mais complexo, essa maneira de criptografar é um pouco mais lenta, mas possui mais confiabilidade, o que garante maior segurança no tráfego das informações.

Como funciona a Blockchain no registro de transação?

A transação ocorrerá em duas partes, emissor e receptor, que fazem a troca de informações e/ou dados, que poderão ser de qualquer tipo, sendo eles dinheiro, contratos ou registros.

Posterior a isso, será feita a verificação. Nesse caso, a transação será verificada e convertida para um registro seguro dentro da Blockchain. Nesse momento, os nós da rede, por meio de algoritmos de consenso irão verificar se é uma transação válida.

Seguindo o processo, ela será enviada para uma estrutura, ou seja, cada bloco constituído está identificado por um código alfanumérico de 256 bits, um hash, elaborado a partir de um algoritmo. Neste bloco tem um cabeçalho que define a sequência de dados.

Depois desse processo, virá a validação, ou seja, esses blocos serão validados para fazer parte da cadeia de blocos, e neste momento ocorrerá a prova de consenso.

Finalizada a etapa anterior, partirá para a mineração, que consiste em nós eleitos mineiros, que solucionam o enigma. A partir desse momento, eles serão capazes de autenticar uma operação, que não poderá ser alterada.

Depois de ser validada pelos mineradores, a transação será distribuída pelos outros nós que compõem a rede, e a partir disso, a transação será imutável e passível de uma auditoria.

Por último, é impossível que ocorra modificação na transação, pois qualquer tipo de alteração irá entrar em conflito com os blocos já processados, e assim a alteração será rejeitada.

Quais são as principais vantagens da Blockchain?

Como vantagem, a Blockchain apresenta a total transparência, descentralização, segurança, confiança, automatização, flexibilidade, é auditável, sustentável, privada e permite o rastreamento.

Desse modo, a solução garante que a criptomoeda Bitcoin circule de modo sigiloso, com segurança, rastreabilidade e particularidade. Porém esse sistema permite processamento de registro e transações para todos as finalidades, sendo eles tangíveis ou intangíveis.

Quais as desvantagens da Blockchain?

Por mais que sejam oferecidas inúmeras vantagens pela Blockchain, ainda sim não é possível tê-la como uma solução capaz de resolver todas as demandas computacionais de maneira solo, pois seu sistema poderá ocasionar consequências.

Uma dessas consequências poderá ser na exigência de uma alta capacidade de processamento ou ainda de uma rede que seja capaz de lidar com volumes muito de dados altos. Como o sistema Blockchain está envolvido com os procedimentos criptográficos, ele pode ser muito acessado ou possuir muitos nós o que poderá ocasionar em sobrecarga.

Portanto, para que se mantenha seu pleno funcionamento, será necessário um gasto considerável em computadores que aguentem as operações ou um gasto com equipamentos de redes que são capazes de suportar um tráfego de dados intenso.

Não sendo só isso, a depender da forma que a cadeia de blocos será estruturada, o tempo para respostas de determinadas operações poderá ser mais longo, uma situação que causa gargalos, principalmente se a demanda para o uso do sistema aumentar.

Outro ponto é que dependendo da aplicação, o custo operacional poderá ser elevado e fatores como treinamento, segurança, desenvolvimento e manutenção poderão ser uma solução inviável caso não sejam cuidadosamente mensurados.

Por esse motivo que o desenvolvimento e implantação de um sistema baseado na Blockchain tem que ser planejado, pois vários cenários precisam ser levados em consideração para que não haja gargalos, diminuição da eficiência ou problemas com segurança.

Para quais finalidades é essencial o uso da Blockchain?

A rede Blockchain pode assumir diversas finalidades, entre elas encontra-se a implementação de contratos inteligentes, armazenamento em clouds distribuídos, identidade digital, votação digital, operações cambiais de maneira imediata, cartórios digitais, propriedade intelectual, registro de patentes, moedas digitais e outros.

Para as empresas, a Blockchain futuramente irá servir como contratos inteligentes, pagamentos, transferências, armazenamento em nuvem, cadeia de suprimentos, além de recursos humanos.

Porém, cada possibilidade irá trazendo propriedades diferentes de seu uso, que irão se adequar conforme a necessidade das diferentes organizações. Desse modo, como exemplo, os contratos inteligentes serão pequenos programas processados de forma automática, buscando cumprir condições previamente acordadas entre as partes e sem a necessidade do uso de um intermediário e taxas.

No entanto, o armazenamento em nuvem irá permitir a criação de um banco de dados que serão baseados em cloud computing confiáveis, descentralizados, criptografados e não editáveis.

Como a rede Blockchain é sustentada?

A rede Blockchain é sustentada por meio de mineradores de moedas digitais que estão espalhados ao redor do mundo. Esses mineradores utilizam seus computadores para resolver problemas matemáticos que são complexos, sendo assim, todas vez que uma série de cálculos for resolvida, seu resultado será gravado em uma rede.

Como a Blockchain vai impactar o futuro do mundo?

Por mais que venha tendo uma desvalorização de criptomoedas nos últimos anos, a Blockchain está seguindo o caminho inverso, ou seja, continua em pleno crescimento e avanço, sendo constantemente apontada como o futuro da programação e economia.

O que reforça esse pensamento é a simplificação no sistema, que se tornará mais acessível conforme a expansão. Não à toa, diversos especialistas vêm abordando o tema e utilizando o termo criptoativos para comentar sobre essas novas possibilidades da tecnologia.

Por outro lado, a Blockchain também é chave central em processos da quarta revolução digital, que visa descentralizar processos produtivos integrando dispositivos tecnológicos por meio de toda a cadeia produtiva fazendo uso do rastreamento pela Blockchain.

Conclusão

Com isso, pode-se entender que o conceito da Blockchain ainda é novo, por isso, as ideias ainda estão surgindo, porém, a proposta da rede possui um alto potencial para maiores desenvolvimentos e benefícios em diferentes áreas, sobretudo para o futuro da tecnologia.

Mas, para que se faça o uso dessa rede é importante que saiba todo o seu funcionamento e tenha um conhecimento mais aprofundado, de maneira que se avalie a eficácia e se ela será uma boa solução para a aplicação que será feita. Além disso, é preciso levar em considerações as circunstâncias em que será exigido um aumento na capacidade do sistema e quais os procedimentos que precisarão ser abordados de maneira a evitar que a Blockchain descumpra com regulamentos ou leis.

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