O que esperar do Ethereum depois do Merge?
A rede Blockchain da Ethereum passou por uma atualização recentemente. A rede deixa de lado a sua Prova de Trabalho e assume a Prova de Participação. O sistema, que foi denominado Merge do Ethereum, não precisará mais de mineradores e passa a ter validadores.
Saiba mais sobre essa nova mudança e veja quais são os impactos no universo das criptomoedas e de toda a rede Blockchain.
- 1. O que é o “The Merge” do Ethereum?
- 2. O que é uma Blockchain?
- 3. Diferença de uma Blockchain para outra: PoW ou PoS
- 4. Quais os principais benefícios do Merge do Ethereum?
- 5. Adeus mineradores, bem-vindo Merge do Ethereum
- 6. Sejam bem-vindos stakers do Ethereum
- 7. Os novos incentivos depois do Merge do Ethereum
- 8. Qual o próximo passo após o Merge do Ethereum?
- 9. Qual o impacto do Merge do Ethereum nas criptomoedas?
- 10. Existe espaço para um “Flippening”?
O que é o “The Merge” do Ethereum?
O The Merge da rede Ethereum nada mais é do que uma transição que a rede assumiu, ela sai da prova de trabalho e vai para a prova de participação, assumindo agora os validadores e deixando de lado os mineradores.
Dessa forma, pode-se encontrar alguns benefícios, como a redução no consumo de energia, transações mais baratas e um aumento na velocidade das transações. Assim sendo, essa alteração acaba por gerar alguns impactos no universo das criptomoedas.
O que é uma Blockchain?
A Blockchain, como o próprio nome diz, é uma cadeia de blocos. A sequênci, no entanto, é composta por blocos com dados de transações que ocorrem na rede, sendo eles imutáveis e totalmente trasparente.
A Blockchain foi uma das principais tecnologias desenvolvidas nos últimos anos. Assim sendo, ela é uma tecnologia que faz o agrupamento de um conjunto de informações que vão se conectando através da criptografia. Dessa forma, ela acaba por realizar todas as transações algumas operações de maneira mais segura.
No entanto, a rede ficou mais importante, visto que elimina o risco da ocorrência de fraudes, além de deixar as moedas rastreável desde a criação. Assim sendo, ela funciona como um livro-razão, onde há o registro de todas as transações, porém, de forma rápida e segura.
O ponto inovador dessa tecnologia foi tornar possível o armazenamento dos dados de maneira sequencial. Contudo, sem precisar de um terceiro para ficar responsável pelo processo, ou seja, aqui os usuários fazer a verificação, isso de forma simples e quase sem nenhum custo.
Além disso, a Blockchain ainda permite que os dados possam ser compartilhados por qualquer pessoa, sem nem precisar de autorização.
Diferença de uma Blockchain para outra: PoW ou PoS
As principal característica que acaba por diferenciar uma rede da outra está centrada no tipo de validação, ou seja, como os dados serão validados na rede. Assim sendo, existem dois tipos mais comuns, são eles: Proof of Work (PoS) e Proof of Stake (PoS).
Saiba a seguir como funciona cada um deles.
1. Como funciona o Proof of Work?
O nome, na tradução, seria Prova de Trabalho, e essa é uma validação bem conhecida dentro do mundo das criptomoedas. Além disso, o Bitcoin a utiliza, e o funcionamento dela é: com uma transação feita na Blockchain, os dados e as informações contidas irão ser checados, validados e colocadas em um bloco fechado.
Assim sendo, cada um dos blocos irão se encaixar a outros, formando uma cadeia de blocos, de modo que impeça o acesso ou alteração dessas informações. No entanto, quem fica responsável por isso são os mineradores, ou seja, os usuários da rede.
Contudo, para que a chegagem seja feita e ocorra o encaixe dos blocos, esses mineradores precisam utilizar computadores com alta capacidade de processamento, de modo que resolvam as contas mais complexas.
Além disso, nessa forma de validação, eles estarão concorrendo entre si, tendo então um certo tempo para conseguirem fazê-la, e quem finaliza primeira, irá receber uma recompensa de criptomoeda nativa da rede.
Os pagamentos ocorrem de maneira automática, então quando o mineradores conseguem resolver a conta, fechar oo bloco e o encaixar na corrente, a rede irá gerar novas criptomoedas.
2. Como funciona o Proof of Stake?
Ao contrário do anterior, na tradução livre, ele pode ser chamado de Prova de Participação. Essa é uma outra maneira de realizar a validação dos dados de uma Blockchain.
No entanto, diferente da Prova de Trabalho, essa não existem mineradores, logo, não ocorre mineração. Assim sendo, não será preciso resolver contas complexas. Além disso, a rede envia um bloco para um validador, e ele tem um tempo para fazer a checagam da transação e enviar para outros concordarem, sendo tudo realizado de forma automática.
Contudo, não será a pessoa que vai escolher o validador e sim um algoritmo da rede, mas seguindo o histórico daquela pessoa.
Quais os principais benefícios do Merge do Ethereum?
Essa mudança da rede Ethereum do Proof of Work para o Proof of Stake, já estava no roadmap da rede desde o início, pois os desenvolvedores já tinham noção do impacto que ele teria. No entanto, a tecnologia para que isso ocorresse ainda não estava completa.
Hoje, com a tecnologia pronta e a ocorrência da mundaça, é possível encontrar alguns benefícios nisso tudo. Pensando nisso, trouxemos algumas das principais informações a respeito, veja a seguir:
1. Redução do consumo de energia da rede
Pelo fato do PoS não ter a mineração, pois não existem equações a serem resolvidas e nem necessita de diversos minerados utilizando computadores de alta potência, vai acabar ocorrendo uma queda de 99,95% no consumo de energia da rede.
2. Pagamentos menores aos validadores
Contudo, por conta do menor gasto de energia e a eliminação das equações mais complexas, a validação se torna mais simples. Dessa forma, a recompensa acaba tendo uma queda também.
Se hoje, cada minerador ganha 2 ETHs por bloco e as taxas de prioridade, que é como uma gorjeta aos usuários para que as transações sejam priorizadas na fila. Após o Merge, esse pagamento reduz e chega em 0,2 ETHs mais as taxas.
3. Transações baratas e rápidas
Os blocos na rede Ethereum são menores, no entanto, existe uma certa competitividade entre os usuários para que eles consigam espaço. Porém, para que eles tenham as transações validadas de forma mais rápida, será preciso pagar uma gorjeta.
Por enquanto, isso irá continuar ocorrendo, visto que o Merge não vai alterar o tamanho que os blocos possuem. Contudo, esse é um ponto importante, visto que quanto mais o bloco, maior a Blockchain. Caso ela seja pesada, isso limita o acesso das pessoas e a rede se torna menos descentralizada.
4. Aumento da velocidade nas transações
Isso é algo que não irá acontecer de forma imediata, mas o Merge abre para que ocorra uma nova atualização futuramente, a “sharding”, ou seja, fragmentação.
Assim sendo, é como se hoje as transações ocorressem de forma enfileirada, com essa atualização futura, terão mais um monte de filas para que o trânsito flua melhor, sem congestionar. Dessa forma, as pessoas pagam por taxas menores.
No entanto, o Merge não altera nada no curto prazo, porém isso é uma base para mudanças mais aprofundadas no futuro. Contudo, isso é uma atualização importante, que já está prevista faz tempo.
Adeus mineradores, bem-vindo Merge do Ethereum
Com o Merge, a Ethereum deixa de lado o sistema de Proof of Work (PoW), em que precisava dos mineradores competindo para conseguir fazer o registro das transações em livro-razão e resolver equações complexas.
A maioria das minerações ocorrem em ambientes como se fossem grandes armazén com fileiras de computadores empilhados uns sobre os outros. No entanto, esse sistema foi pioneiro com a chegada do Bitcoin.
Dessa forma, como já estava previsto no roadmap da rede Ethereum, eles atualizaram para o Proof of Stake. Assim sendo, hoje não se encontram mais os mineradores, visto que o Merge não necesssita deles.
Sejam bem-vindos stakers do Ethereum
Com a chegada do Merge, o Ethereum elimina os mineradores, que abrem espaço para validadores, ou seja, pessoas que apostam ao menos 32 ETHs para um endereço na rede em que nao poderão ser comprados ou vendidos.
Esses tokens, no entanto, servem como um bilhete de loteria, ou seja, quanto mais moeda um validador apostar, maior será a probabilidade de um deles serem sorteados, o que garante a possibilidade gravar um bloco de transações.
Os novos incentivos depois do Merge do Ethereum
Ao invés de apenas um software de código aberto, a Ethereum é como se fosse uma reunião de diversos computadores que conversam na mesma linguaugem, seguindo um conjunto de regras.
Com o novo sistema, será introduzido novos conjuntos de incentivos para as pessoas que fazem operação nos computadores, de modo que eles sigam as regras conforme elas estão ali, para que assim protejam o livro de alterações indesejadas.
No modelo antigo, por mais que a rede tivesse milhares de mineradores operando e fazendo a proteção da PoW, apenas os computadores com tês pools dominavam os hashs da rede.
Assim sendo, caso alguma das grandes empresas acumulassem a maior parte deles, elas executariam o ataque de 51%, dificultando para que nenhuma pessoa fizesse atualizações no livro.
Com o PoS, a quantidade de ETH a ser apostada é que irá ditar o controle da rede. No entanto, os impulsionadores dizem que os ataques acabam se tornando mais caros e autodestrutivos, ou seja, os invasores poderão ter o ETH apostado reduzido, como uma maneira de punir.
Qual o próximo passo após o Merge do Ethereum?
Esse, no entanto, é o primeiro passo que a rede dá, como uma forma de se tornar um sistema mais maduro, porém, ainda existem muitos passos a serem percorridos, afirmou Vitalik Buterin, co-criador do Ethereum.
Vitalik mencionou ainda as taxas relativamente altas e a velocidade mais lenta da rede, que acabou não sendo abordada por essa atualizaçãoo, porém, continuam sendo uma barreira para que a base de usuários cresça.
Para os próximos passos, a rede inclui um “sharding”, um método que irá auxiliar no tempo lento que as transações possuem e as taxas mais altas, fazendo com que essa transações sejam espalhadas.
Qual o impacto do Merge do Ethereum nas criptomoedas?
O mercado que as criptomoedas se encontram ainda é muito volátil, com o preço de cada uma delas oscilando de maneira muito acirrada. Por conta disso, não há como prever o que poderá ocorrer com os preços, no entanto, é possível dizer que a atualização fará com que a quantidade de Ether disponível no mercado caia.
Após a migração, estima-se que a emissão assuma uma queda de 90%, pois o custo do validador é menor e hoje o estoque da moeda cresce em torno de 4,5% e 5% ao ano. Porém, a partir de agora, acaba crescendo entre 0,45% e 0,5% ao ano.
No entanto, a rede Ethereum já tinha assumido uma mudança para que controlasse a quantidade disponível no mercado, e no momento de transação, o usuário acaba pagando uma taxa de base e a gorjeta. O pagamento, no entanto, é feito com Ether, porém, desde agosto do ano passado, cada bloco minerada tem a taxa de base queimada.
Existe espaço para um “Flippening”?
O Flippening seria uma virada da rede Ethereum sobre o Bitcoin, ou seja, superar em capitalização de mercado. No entanto, o questionamento é se a Merge seria a responsável. Contudo, especialistas dizem que uma virada como essa ainda não se encontra próximo.
De acordo com a opinião de Alex Miller, CEO de uma casa de desenvolvimento com foco no Bitcoin, a Hiro, o BTC já se estabeleceu como sendo o principal ativo, além de acreditar em um mundo multi-cadeia. Assim sendo, para ele o Bitcoin é ouro digital.
Além disso, Christopher Calicott, o diretor administrativo da empresa Trammell Venture Partners, compartilha da mesma opinião. Para ele, o Bitcoin é uma camada monetária básica na internet, e que apesar da queda por conta dos riscas da Merge, ele ainda sim irá continuar ileso.
Por outro lado, existem os que acreditam que o Flippening poderá calcular-se através de uma variedade nas métricas de capitalização. No entanto, o Bitcoin possui 15 mil nodes, enquanto a Ethereum contém apenas o aproximado a 9.500.
No entanto, quando analisados o volume de transações, a Ethereum possui ele mais elevado do que o Bitcoin. Além disso, poderão utilizar outras métricas utilizadas como uma maneira de medir essa dominância.
Contudo, por mais que existem algumas opiniões, ainda assim não é possível prever uma queda imediata do Bitcoin, visto que muitas das pessoas estão passando a adotar uma cautela e maior observação.